domingo, 20 de março de 2016

A propósito do dia da poesia




No Jardim da Parada em Lisboa, de 17 a 21 de março, vão desfilar os poetas em feira do livro. Louvado acontecimento! Mas uma pergunta não se cala: iremos ver a marcha dos poetas, será a arregimentação da poesia, ou o reconhecimento do velho lema de que “a palavra é uma arma”? A palavra poética ganha a soberania sob a tutela do marechal Fernando Pessoa, por mediação da sua “CASA”. Parabéns! Agora vem a diatribe, sem a qual nem a poesia existiria; pena é darem somente a casa aos poetas quando estão mortos, quando as evocações parecem necrologias. Livremo-nos dos necrófagos! Mas nem tanto, pois, antes poeta reconhecido mesmo pos mortis, do que eternamente ignorado. Pese embora o reconhecimento póstumo não ter matado a fome a Camões, nem a Bocage, que bem estenderam a mão à caridade… Logo, marchar, marchar ao Jardim da Parada!

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